quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Certezas


Toda a certeza que eu possuía se desfez aqui. Como um castelo de areia que é destruído pelas ondas do mar ou como folhas levadas pelo vento. A base que me sustentava se partiu em mil pedaços e agora me sinto tão suscetível a tudo. O escudo que me protegia se quebrou. A cada decepção, a cada mentira que me foi contada, a cada ilusão que descobre surgia uma rachadura na minha armadura, e sem ela estou tão exposta a tudo. As coisas banais, os acontecimentos diários me tiram o sono, me roubam a paz... me sinto incapaz de combater qualquer problema que surja aqui.
É difícil recolher os cacos, consertar a armadura, curar as feridas mas, ninguém consegue se não tentar e mesmo que eu precise de muito tempo, materiais mais resistentes ou me livrar de algumas coisas que pesam em meus ombros... ainda construo uma zona de conforto, um lugarzinho aonde as minhas certezas possam reinar, sem o risco de ninguém destruir.